Guardei teu rumor em mim
As palavras mortas nas cartas
As palavras mortas nas cartas
Guardei a força das montanhas
Guardei a transparência do tempo
Deitei a violeta na calma
Dos meus olhos
Guardei a eternidade do apelo
A mágoa do refrão
Guardei a tarde na areia
Sobrevivi à palavra sangrenta
À narrativa sem tese
Ao conto sem imagens
Perdi tuas ausências
O hábito de olhar de longe
A vontade de ter
Perdi as curvas do crepúsculo
Perdi o outro lado da ponte
Os minutos pela água
Perdi a flexibilidade
Para o cotejo
Perdi a hora do vento
Ao te perder
Tornei a mim lentamente
Todas as memórias
São
companheiras do tempo.
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