Tradução Luís da
Costa
Em fevereiro a vida parou.
Os pássaros não gostavam de
voar e a alma
esfregava-se na paisagem
como um barco
que se esfrega ao passadiço,
onde está amarrado.
As árvores estavam de costas
viradas para aqui.
Talos mortos mediam a
profundidade da neve.
Pegadas envelheciam na neve
áspera.
Sob um toldo a linguagem
definhava.
Um dia apareceu uma coisa à
janela.
O trabalho parou e eu ergui
os olhos.
As cores ardiam. Tudo se
transformara.
O solo e eu demos um salto
em direção um ao outro.
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