Pobre pássaro preso
na gaiola,
só eu te compreendo a
desventura,
pois como tu minha
alma se estiola
noutra prisão também
estreita e escura.
Dão-te conforto que
te não consola,
pensam que exprime, o
canto teu, ventura.
Mas, bem o sei,
quanto tristor evola
do teu viver, alada
criatura.
É que o meu ser como
o teu ser, imerso,
vive, na imensa angústia
de querer
conquistar as
lonjuras do universo.
Se nos tolhe o
destino a liberdade,
onde buscar o encanto
de viver,
onde
achar, pássaro, felicidade?
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