Agosto, mês das
árvores despidas;
Os ventos, entre as
moitas eriçadas,
Revelam um clamor de
suicidas
E a contrição das
almas condenadas.
Um funeral de folhas
ressequidas
Desprende-se das
últimas ramadas;
Contrasta no fulgor
das avenidas
A solidão das noites
prolongadas.
Definham os narcisos
impotentes,
Crispando as longas
pétalas dormentes
Na convulsão das
flores moribundas.
Paisagem incolor de
sóis fugazes,
Sem os matizes e os
clarões vivazes
Das
estações alegres e fecundas.
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