Tradução Júlio Castañon Guimarães
Azul! Sou eu...
Das furnas da morte eis que venho
Ouvir a onda
quebrar nas escadas sonoras;
Rever, douradas,
as galeras nas auroras
Sair da sombra
pelos remos e seu empenho.
Minhas mãos
solitárias invocam monarcas
Cuja barba de sal
prazia a meus dedos puros;
Eu chorava.
Cantavam triunfos obscuros
E os golfos todos
sob as popas de suas barcas.
Ouço a concha
abissal, ouço ainda o clarim
Marcial ritmar o
voo dos remos; assim
O canto dos galés
subjuga o tumulto,
E os Deuses, na
proa heroica engrandecidos,
Com o sorriso
antigo ante a espuma e seu insulto,
Dão-me os braços complacentes e esculpidos.
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