(Trad.
de Aristêo Seixas)
Mais do
que a luz da inteligência humana,
adoro
a escuridão do meu desejo;
sobre a
verdade, pois, do quanto vejo,
quero
o erro da esperança que me engana.
Tendes
razão, formosa Soberana,
que
em duvidar e crer muito sobejo:
se hoje
da crença o vasto império rejo,
amanhã
sofro a dúvida tirana.
Entre
crer e não crer, passo, indeciso,
pela
vida, perpétua no quebranto,
que
anda a ceifar e foge de improviso.
O
duvidar e o crer confundo-os tanto,
que
umas vezes meu pranto acaba em riso,
e outras
vezes meu riso acaba em pranto.
O meu louvor à tradução, que assim me permite ter
ResponderExcluircontacto com um belíssimo poema de Ramon de Campoamor.
Irene Alves