Ó divinos Heróis! que uma eterna auriflama
Atrai para o esplendor da noite merencória!
Este é o Inferno de luz que a vossa febre aclama
Em gritos de loucura e em gritos de vitória.
Nele, como num mar de luz fiava e ilusória,
Encheis a Taça de ouro... E o vosso olhar se inflama!
Bebei! que é o vosso sangue e esta é a divina chama
Da ara branca e imortal da Beleza e da Glória.
Ó agonia sublime! Ó jardim dos tormentos
Divinos! onde, ó Luz, nos meus olhos deliras,
Como uma águia ferida entre dois firmamentos!
Olha-os! Morrem cantando, ó Beleza, que passas!
E os Heróis, para os céus soerguendo as grandes liras,
Tombam num resplendor de flamas e de taças.
Homero Mena Barreto Prates da Silva foi um escritor, poeta, jurista e magistrado, gaúcho e brasileiro. Formou-se na Faculdade de Direito de Porto Alegre, em 1912, iniciou na judicatura, em Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul. Wikipédia
ResponderExcluirÉ bom sabermos um pouco sobre poetas que já partiram
fisicamente mas mantém-se vivos através da obra que
deixaram e que compete a nós, como este blogue está
fazendo manter vivo.
Obrigada, por isso.
Irene Alves
Agradeço pelo seu comentário. Vale a pena mesmo, amiga.
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