Meus sapatos envelheceram nas andanças
Dos tempos vários nos asfaltos destas ruas
Velhas poeiras restaram nas tardanças
De quando unia minhas mãos nas tuas
Em momentos dos antanhos doutras luas
O que restou não mais fácil se aconchega
Pois teu olhar de hoje é de uma cega
De mortas esperanças
Ainda creio em sentimentos tão inúteis
Viajando como um filme nas paredes
Conhecendo como todos me são fúteis
Nos infernos ideais de suas redes
Acreditando nas mentiras como em sedes
De águas em veneno. Paridos em vão
Humanos hipócritas inimigos da paixão
Querem a pureza dos inconsúteis
O mundo a cercar o tempo que me resta
É um encargo a ficar pesado a cada dia
Ainda que eu procure viver em grande festa
Amando e tendo o sonho da nostalgia
Mormente sabedor que a alegria
Atualmente não mais presta
Nem possui a pureza de uma Vesta
Deusa do fogo da virginal poesia
Nas andanças minhas pernas já cansadas
Tentam fazer as viagens impossíveis
De tanto eu ser escuto vozes indelicadas
A discordar de meus sonhos incríveis.
Ah, meus sapatos estão gastos...
Para que devo continuar a calçá-los?
Quando só me restam passos
Poucos passos
Lassos...
Dos tempos vários nos asfaltos destas ruas
Velhas poeiras restaram nas tardanças
De quando unia minhas mãos nas tuas
Em momentos dos antanhos doutras luas
O que restou não mais fácil se aconchega
Pois teu olhar de hoje é de uma cega
De mortas esperanças
Ainda creio em sentimentos tão inúteis
Viajando como um filme nas paredes
Conhecendo como todos me são fúteis
Nos infernos ideais de suas redes
Acreditando nas mentiras como em sedes
De águas em veneno. Paridos em vão
Humanos hipócritas inimigos da paixão
Querem a pureza dos inconsúteis
O mundo a cercar o tempo que me resta
É um encargo a ficar pesado a cada dia
Ainda que eu procure viver em grande festa
Amando e tendo o sonho da nostalgia
Mormente sabedor que a alegria
Atualmente não mais presta
Nem possui a pureza de uma Vesta
Deusa do fogo da virginal poesia
Nas andanças minhas pernas já cansadas
Tentam fazer as viagens impossíveis
De tanto eu ser escuto vozes indelicadas
A discordar de meus sonhos incríveis.
Ah, meus sapatos estão gastos...
Para que devo continuar a calçá-los?
Quando só me restam passos
Poucos passos
Lassos...
Uma poesia de algum desânimo mas muito bem escrita.
ResponderExcluirDescreve a realidade da vida, que nos compete tentar
inverter em tons mais positivos e acreditar que o amor
é sempre possível, em qualquer estação da vida.
Um abraço amigo.
Irene Alves
Agradeço pelo seu comentário.
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