Amigos valham os bons, poucos que sejam,
Que nisto pouco importa a quantidade,
pois quase sempre é de infidelidade
o tom daqueles que demais cortejam.
Amigos versos fáceis não bafejam,
pois sabem que o que conta é qualidade
e na alma infundem só sinceridade,
quando de alguém a face acaso beijam.
Amigos quer-se-os como os vinhos raros
- sutis no odor, no paladar, discretos,
quanto mais simples, tanto mais amados.
E de assim serem poucos, são tão caros
que, quais doces pecados, e secretos,
são
no íntimo do peito conservados.
1918-1988. Bacharelou-se em Direito, exercendo,
ResponderExcluirporém, a actividade jornalística.
Um bom poema.
Um abraço
Irene Alves