Tradução de Lucas Sant’Anna
Ó
cavado a fundo e profundamente oco
Nariz meu! – O quê, acaso, não cheirarás?
Que rudes imbecis somos, eu e tu, nariz ossudo
Sempre indiferentes, sempre desavergonhados!
Agora, são as flores azedas dos álamos
Lamacentos – uma massa apodrecida na terra molhada
Abaixo destes – Com que sede extravasada
Apressamos nossos desejos, ó nariz meu,
Por aquele odor rançoso de uma primavera que morreu!
Não consegues ser decente? Não podes guardar teus ardores
Para algo menos desagradável? Que menina se importará
Conosco, crês, a seguirmos nesses modos?
Tens de experimentar tudo? Tens de saber tudo?
Tens de meter-te em tudo?
Nariz meu! – O quê, acaso, não cheirarás?
Que rudes imbecis somos, eu e tu, nariz ossudo
Sempre indiferentes, sempre desavergonhados!
Agora, são as flores azedas dos álamos
Lamacentos – uma massa apodrecida na terra molhada
Abaixo destes – Com que sede extravasada
Apressamos nossos desejos, ó nariz meu,
Por aquele odor rançoso de uma primavera que morreu!
Não consegues ser decente? Não podes guardar teus ardores
Para algo menos desagradável? Que menina se importará
Conosco, crês, a seguirmos nesses modos?
Tens de experimentar tudo? Tens de saber tudo?
Tens de meter-te em tudo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário