Tradução de Aidenor Aires
Que a poesia não seja
uma vaca magra
mas de ossatura
robusta,
abundante e saborosa
carne.
Seja de faisão
as viandas que se
façam com seu sangue.
Chupem os dedos as
almas ao prová-la.
Um bom vinho a
acompanhe sempre.
Café, sobremesa,
cigarro.
Requebre as cadeiras.
Faça amor sobre as
bancadas da cozinha.
Que seja o tronco
onde habitem as formigas.
A voz agarrada ao
penhasco.
Cada porção de chuva
mansa,
de granizo cada
porção.
Transforme ave em
dinossauro
da orquídea ao cardo.
Ressecada fique a
pele quando sua mão espreme.
Fale do fundo do
poço.
Espie da sacada de
uma nuvem.
Ainda que triturem
suas falanges
ou a engulam as
areias,
cuspa ao céu sua
tinta
e que o céu a
esparrame.
Não a quero pássaro,
bando a quero.
Não a quero pássaro,
ResponderExcluirbando a quero.
Não conhecia esta poetisa e gostei.
Há tanta gente que escreveu ou escreve poesia,
que a mesma(penso)nunca morrerá.
Um abraço
Irene Alves