Tradução de
Antonio Miranda
As águas do silêncio calam sobre a tarde
inclinada
diante do cálice vazio
Se o observaras o vinho brotaria detrás do
cristal
para embriagar-se ante teus olhos
Levo a alma esquartejada pelo silêncio que
me circunda
e envolve
passo os dias detrás das janelas oxidadas
já faz tempo
eu não espero nada não seja marcado pelo
velho relógio
aferrado a um muro inexistente
estou suspensa e dependurada
só um fantasma leva acesos os círios
por onde devo andar e assim vou:
caminhando e apagando os pegadas para
perder-me
porque
sei que não hei de regressar jamais.
Um certo desânimo e uma aparente desistência...
ResponderExcluirUm abraço
Irene Alves