Tradução de Solon Borges dos Reis
Em súplica de vento,
sem cautela,
fui atrás de ti,
mulher ; em minha presença
transportda por luz
azul de estrela
de sentido em sentido
até a ausência.
Atravessaste, além,
os egoísmos
que em silêncio de
lágrimas desvelo,
após abismos
justapondo abismos,
em minha imensa
solidão de gelo.
Como uma aranha
grande a chuva tece
com água e vento suas
teias móveis.
Que serão, amanhã,
quando ela cesse?
Superfícies de vida
sem quebranto,
como serão meus
olhos, quando imóveis
tenham chorado já
todo o meu pranto?
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