Tradução de Adriano
Scandolara
O melhor de tudo é o ócio,
E mais ainda numa quinta,
E sorver vinho enquanto se estuda a luz:
Como ela envelhece, amarela, empalidece
E então hesita para sempre
No limiar da noite
Que podia ser a que trará a primeira geada.
E mais ainda numa quinta,
E sorver vinho enquanto se estuda a luz:
Como ela envelhece, amarela, empalidece
E então hesita para sempre
No limiar da noite
Que podia ser a que trará a primeira geada.
É bom ter uma mulher consigo nesta hora,
E duas é melhor ainda.
Que sussurrem uma para a outra
E te olhem com um sorrisinho.
Que arregacem as mangas e desabotoem um pouco as blusas
Como merece esse bom e velho pôr-do-sol,
E duas é melhor ainda.
Que sussurrem uma para a outra
E te olhem com um sorrisinho.
Que arregacem as mangas e desabotoem um pouco as blusas
Como merece esse bom e velho pôr-do-sol,
E o
garotinho em idade escolar
Que voltou para casa para um quarto quase escuro
E agora assiste de olhar arregalado
Os adultos erguerem-lhe suas taças,
A mulher ruiva, toda zonza
Com os olhos bem cerrados,
Como se prestes a irromper em choro ou canto.
Que voltou para casa para um quarto quase escuro
E agora assiste de olhar arregalado
Os adultos erguerem-lhe suas taças,
A mulher ruiva, toda zonza
Com os olhos bem cerrados,
Como se prestes a irromper em choro ou canto.
Nasceu a 09-05-1938. É Prémio Pulitzer Poesia.
ResponderExcluirMuito bem colocado neste maravilhoso blogue.
Um abraço
Irene Alves