Meu coração repleto de esplendores
Como as grutas fantásticas do Oriente,
Será digno de ti. Por ti somente
Foi que eu junquei meu coração de flores.
Por ti despi-o das passadas cores,
Por ti sequei a lágrima pungente,
Que gotejava como o orvalho ardente,
Silenciosa sobre as minhas dores!
Entra. Percorre estes vergéis risonhos,
Calca a sorrir a terra umedecida
Onde palpita o mundo dos meus sonhos.
Fica, porém, atenta e prevenida;
Hás-de ouvir, muitas vezes, os medonhos
E
surdos ais de uma ilusão perdida.
Luiz Guimarães Filho 30/10/1878 Rio de Janeiro - 19/04/11940
ResponderExcluirPetrópolis. Diplomata, poeta e cronista.
Gostei muito de ler este seu poema.
Um abraço
Irene Alves
Agradeço o seu comentário. Ao menos temos uma leitora!
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