(Tradução
Ângelo Monteiro)
Tigre, tigre que
flamejas
Nas florestas da
noite.
Que mão que olho
imortal
Se atreveu a plasmar tua
terrível simetria?
Em que longínquo
abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus
olhos?
Sobre que asas se
atreveu a ascender?
Que mão teve a
ousadia de capturá-lo?
Que espada, que
astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu
coração?
E quando teu coração
começou a bater,
Que mão, que
espantosos pés
Puderam arrancar-te
da profunda caverna,
Para trazer-te aqui?
Que martelo te
forjou? Que cadeia?
Que bigorna te bateu?
Que poderosa mordaça
Pôde conter teus
pavorosos terrores?
Quando os astros
lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas
os céus,
Sorriu Ele ao ver sua
criação?
Quem deu vida ao
cordeiro também te criou?
Tigre, tigre, que
flamejas
Nas florestas da
noite.
Que mão, que olho
imortal
Se atreveu a plasmar
tua terrível simetria?
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