(Trad.
de Xavier Placer)
A ti,
infinita face, chão semeado
onde
ceifa o pincel, resume, amassa
e onde
entre cor, luzes e sombras, passa
de mar
radioso a um tempo então nublado.
A ti,
poço e coberta, onde assomado
medita,
vem e vai, mede, compassa;
fronte
na mão pousada que ultrapassa
teu ver
de Polifemo enamorado.
A ti,
asa redonda, leque, escudo,
espelho
que ao vestir queda desnudo
a
superfície novamente pura.
Em ti a
visão se apura assim que nasce.
Teu
firmamento o arco-íris pasce.
A ti, leito e cadinho da Pintura
Mais uma vez parabéns à tradução e a Rafael Alberti.
ResponderExcluirGostei.
Irene Alves