O tempo vai passando. Vamos morrendo
devagar,
subindo o rio, descansamos sob os choupos,
as vinhas escurecem com a luz do dia.
subindo o rio, descansamos sob os choupos,
as vinhas escurecem com a luz do dia.
Muitas vezes, nesta altura do ano, não
chega a amanhecer,
a água do rio turva rente às margens,
os areais prolongam-se, claros demais, brancos.
a água do rio turva rente às margens,
os areais prolongam-se, claros demais, brancos.
O tempo vai passando entre a erva,
emudece como o musgo do Outono nos pinhais,
escuta as vozes poisando mais além, entre os canais
emudece como o musgo do Outono nos pinhais,
escuta as vozes poisando mais além, entre os canais
onde a morte aguarda, serena. Amo estas
árvores,
é o último recado que gostaria de deixar,
mais que as mulheres que me amaram,
ou que amei. O tempo vai passando devagar.
é o último recado que gostaria de deixar,
mais que as mulheres que me amaram,
ou que amei. O tempo vai passando devagar.
Gosto mais do escritor, do que gostei do governante ao
ResponderExcluirserviço da direita em Portugal.
É bom ver aqui mais uma poesia de um português
Agradeço pelo seu comentário.
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