é para agasalhar ausências que teço este poema
fantasmas não dormem
anseios me esperam
fantasmas não dormem
anseios me esperam
o que urge além do lábio e da palavra
é o mesmo que me trinca o esmalte dos dentes
vindo da lacuna que ocorre no rastro do voo
de cada pássaro que ousei ser
neste não sentir talhado nos ossos
feito rios secos a riscar-me a pele
álveos calcinados
onde escorrem congeladas
a doçura e a tortura
de vozes e olhares idos ou perseguidos
dentro de um pretérito que me bate à cara
ou em um porvir que se me escancara
é o mesmo que me trinca o esmalte dos dentes
vindo da lacuna que ocorre no rastro do voo
de cada pássaro que ousei ser
neste não sentir talhado nos ossos
feito rios secos a riscar-me a pele
álveos calcinados
onde escorrem congeladas
a doçura e a tortura
de vozes e olhares idos ou perseguidos
dentro de um pretérito que me bate à cara
ou em um porvir que se me escancara
é para agasalhar ausências que teço este poema
de vazios e de abstinências
e me permito à lagrima
tanto quanto ao riso
de vazios e de abstinências
e me permito à lagrima
tanto quanto ao riso
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