segunda-feira, 6 de junho de 2016

CÂNTICO AO SOL – Luciene Freitas

Quando o sol desponta, nascendo para o dia, canto.
Dissipam-se desditas, enfileiradas sombras vão sumindo.
Apresento-me ao mundo de braços abertos. Rindo
ao ver desabrochar a inocência, sem rumor de pranto.

Quando o sol brilha sobre o céu azul, tal qual um manto
de luz dourada, desdobrando em claridade o firmamento.
Corro em alamedas de flores multicores, ó encantamento
e o pensamento acompanha a aurora no manifesto santo.

Quando o sol esclarece as trevas me alegro tanto,
passo à limpo o caminhar, bendigo os dons que recebi,
de joelhos agradeço, enternecida, os dias que vivi
e novas estradas percorro em busca de encanto.

Quando o sol no horizonte desce, eu já não me espanto.
Sem o anoitecer não há o novo dia. Tudo é tão breve.
O amanhecer é abraço de esperança, beijo de brisa leve,
translação de almas caminhantes da luz, em canto.

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