Noite vazia em vertigem tão calada.
Mesa de bar sem um só companheiro.
Faço o soneto da tristeza descarada
Sob um gole de cerveja, derradeiro.
Diz o garçom: Esta vida é um nada!
Sem bebida, sem mulher, sem dinheiro!
E as cinzas da solidão descontrolada
Fazem o cigarro apagar-se no cinzeiro.
Meia-noite! Quero beber sofregamente!
Quero escrever o verso condizente
Com a dor desta maciça solidão!
E o dia nasce! E o bar fecha a porta!
O sol escala o céu e a noite morta
Marca encontro com o sono lá no chão!
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