Vive a morte o papel de uma amante
Pois a fé, ex-esposa não repele
Já que faz companhia no instante
Que faltar um amigo que me vele
Perto desse calor apavorante
Desconheço organismo que não gele
Junto a ela serei fertilizante
Para as flores que adornam minha pele
Na prisão que se chama liberdade
Para uns eu irei deixar saudade
Para outros jamais tive existência
Espalhei meus vestígios maltrapilhos
Pus no DNA de alguns filhos
A
miséria da minha descendência
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