segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

ANÁRQUICA – Hilma Ranauro

 

Sem governo
desgoverno
e encaro
o ermo
do deserto
quente
e árido
de devastadas
selvas
de falsas
águas
límpidas
e decantadas
riquezas
em solo
fértil.

E me faço jus
já que contemplo
alheia
o desespero
morno
de um país
que é sempre
o amanhã
de um futuro
incerto.

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