domingo, 10 de janeiro de 2021

CONSTELAÇÕES – Tânia Diniz

 

Noite
a curvatura do dorso
o singelo pescoço...
na placidez, o boi rumina rubis
e baba, leitosos, quartzos róseos,
onde cintila aldebarã.

De manhã -
presepeiro, pesado, às vezes ligeiro,
boi de canga, boi de farra,
bumbo meu boi.
E touro bravo, de sangrenta arena,
me volto manso,
sem qualquer pena.
No laço fácil do teu abraço,
vaca leiteira, lambe-lambê-las,
rumino estrelas.

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