Eu quase que cheguei a sonetista.
Fazia versos com rigor e arte,
Não eram versos ruins, modéstia à parte,
Mesmo não sendo versos de um artista.
Eu me considerava bom versista,
Modéstia à parte, posso confessar-te
Não decorava os versos meus, destarte
Não podia deles ser propagandista.
Os produzia assim, de improviso,
Arrebanhava ritmo e rimas
E os soltava à toa sem mandar aviso.
Reconheço, não foram obras-primas.
No versejar eu, hoje, já agonizo,
Seca-me a terra das frutas opimas
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