Pai João, urubuzado,
Lá no fundo da tapera,
Vive soturno, o coitado,
Pai João, por quem espera?
Pai João, por quem suspira?
Por quem sofre, Pai João?
Por quem dedilha essa lira,
Lira de dor e aflição?
Urucungo companheiro
Do velho negro Pai João,
Que te diz teu companheiro,
Amigo da solidão?
"Urucungo companheiro,
Amigo de Pai João,
Quando diz que "sim" é sim,
Quando diz que "não" é não.
E o pobre do velho escravo,
Como se julga feliz,
Como ele se sente um bravo,
Quando o urucungo lhe diz:
"Preto do Congo, trazido
Lá do africano sertão,
Quando diz que "sim" é sim
Quando diz que "não" é não.
Mas quando Pai João pergunta
Quando virá seu amor,
Quando ele verá defunta
A visão da sua dor;
O velho urucungo estala,
Estica a corda e delira,
Quer mesmo falar, não fala,
Em vez de dizer, suspira;
"Urucungo nada sabe.
Pois mulher e coração,
Se dizem que "não" é sim,
Se dizem que "sim" é não. . .
Lá no fundo da tapera,
Vive soturno, o coitado,
Pai João, por quem espera?
Pai João, por quem suspira?
Por quem sofre, Pai João?
Por quem dedilha essa lira,
Lira de dor e aflição?
Urucungo companheiro
Do velho negro Pai João,
Que te diz teu companheiro,
Amigo da solidão?
"Urucungo companheiro,
Amigo de Pai João,
Quando diz que "sim" é sim,
Quando diz que "não" é não.
E o pobre do velho escravo,
Como se julga feliz,
Como ele se sente um bravo,
Quando o urucungo lhe diz:
"Preto do Congo, trazido
Lá do africano sertão,
Quando diz que "sim" é sim
Quando diz que "não" é não.
Mas quando Pai João pergunta
Quando virá seu amor,
Quando ele verá defunta
A visão da sua dor;
O velho urucungo estala,
Estica a corda e delira,
Quer mesmo falar, não fala,
Em vez de dizer, suspira;
"Urucungo nada sabe.
Pois mulher e coração,
Se dizem que "não" é sim,
Se dizem que "sim" é não. . .
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