quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

OS CAVALOS ALADOS – Carlos Roberto Santos Araújo

 

Os cavalos, alados, vão no vento,
Voando, leves, lívidos, além.
O tropel dos seus cascos repercute
No silêncio de um campo imaginário.

São cavalos tecendo, em suas vozes,
Os relinchos dos íntimos desejos.
O perfume farejam de alegóricas
Potrancas. A manhã roreja.

Suas asas de pássaros imêmores
Acentuam, levíssimas, a brisa
Onde velam seus sonhos de luares.

São cavalos que aos altos céus devolvem
(como as aves dissolvem-se no azul)
suas crinas de chuva e seus corpos de nuvem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário