Eu sou aquele que
nasceu do sempre,
Correndo terras e
rasgando ventres,
Descortinando auroras
cor de sangue.
Eu sou aquele que
buscou o eterno,
Furtando sonhos e
beirando o inferno,
Tombado, pálido e
restando exangue.
Meu nome foi coberto
de impropérios,
Minh'alma d'ilusão
fez-se em mistérios
E tudo descobriu de
uma só vez.
Cenários se alongaram
pela estrada,
Que cobri, arrastando
a dura espada,
De têmpera qu'igual
ninguém já fez.
Eu sou aquele que
enfrentou o mundo,
Que desventrou o
abismo mais profundo,
Em silêncio
translúcido de espaço.
Eu sou aquele que
feriu a lenda,
Olhos cobertos sem
nenhuma venda,
Que a vida corrigiu
no próprio passo.
Assim eu descobri,
todos meus versos,
No cinza das
tormentas sempre imersas
Entre
a sombra do tempo em vendavais
E nisto se resume a história inteira,
Daquele que seguiu a louca esteira,
Pelos mares dos campos siderais.
E nisto se resume a história inteira,
Daquele que seguiu a louca esteira,
Pelos mares dos campos siderais.
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