Procura a mão, o objeto, num momento,
ao encontrá-lo vai torná-lo mágico,
ao segurá-lo, vivo, leve ou trágico
vau, canalizador do pensamento.
Em perfeita harmonia, mão e pena,
a poesia se escreve a tinta e sangue.
E será rubra a rosa mais exangue,
mais doloroso o amor fora de cena,
e mais azul o azul real do céu,
a morte, vinte vezes mais cruel,
a fantasia, do exato, negação.
Deslizando no branco do papel,
pulsando como pulsa um coração,
é a caneta ele próprio, em minha mão.
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