Tenho qualquer idade em qualquer tempo:
velho agora e menino logo adiante;
aqui jovem e depois homem maduro;
às vezes nem nascido, às vezes morto.
A idade em mim rebenta impetuosa
não do tempo existido, mas das coisas
que me criam, e também que são criadas
pelo que sou e sinto em face delas.
Menino e velho sou, não sucessivo,
mas simultâneo a cada sentimento
- múltipla idade de uma alma múltipla.
Às vezes já estou morto há muitos anos,
muito depois e frio; mas às vezes
sinto que vou nascer, sinto-me antes.
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