Chegaste
de manhã, e era dezembro.
O mar
cuspia azul sobre as estrelas
e
marejava um cais para bebê-las.
Teu
rosto era um farol, é o que lembro.
Chegaste
como a chuva; pelo avesso,
acendendo
a manhã nas minhas unhas.
Agora
foi depois, quando eu supunha
não
mais molhar-me o sol, seu sal espesso.
Nunca
disse teu nome, não cabia.
A
palavra era apenas seu esgar,
um
modo de morder a ventania.
Só lembro do dezembro. E então o mar.
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