De repente, é madrugada.
O galo canta macio
e o coração não diz nada.
O sono se perdeu no vazio
das promessas que ouvi
e cansei de catalogar no infinito
de minhas certezas pueris.
Já não sei em que acredito,
sigo debatendo-me no porto
onde todas as embarcações dormem
e só eu fujo do ponto cego da noite,
de onde escorrem meus cabelos soltos,
como caídos de nuvens disformes
à
espera de que o sono volte.
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