terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

NOITE - Vassili Andrèievich Jukovski

Tradução de Marco Luccbesi

Morrem os últimos raios do dia
sobre as águas tingidas pelo ocaso,
e a sombra passa sinuosa e fria;
a noite recomeça a caminhada,
silenciosa, pela eterna estrada;
antes, vem Héspero a ditar-lhe o rastro
com a luminescência de seu astro.

Ó noite!, vem, com teu manto sublime,
com teu espesso velame de vento
com a tua poção de esquecimento.
A paz em nosso coração imprime.
Ó noite!, vem, tão pura e sublimada,
alivia nossa alma angustiada;
com o teu canto, dá-nos esperanças,
como fazem as mães com as crianças.

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