segunda-feira, 25 de março de 2019

ÁGUA LIMPA – Adalberto de Queiroz

Se da água limpa dos rios,
o poeta alcança - incólume
as fontes d agua viva...

                      Oh! claro lume:                     
bebe em sanga clara.

Bebe c'o as mãos
na vertente rara
sequioso estro.
Não se abaixa
A flor d'agua,

Feito um cão:
Lambendo a água.
Agora, o poeta é
De Ottoniel, soldado
Não colhe a água
na palma da mão.
Pronto pra guerra,
bebe e proclama:
— Eis a Água!

Água da chuva sempre exata.
Água da fonte sempre basta
A água que a todo fogo apaga
Água límpida: minha sede mata.

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