Dentro do peito eu tenho
quarenta punhais apagados:
sementes de aço na carne
de fruto ou sol esperados
Eles nasceram das lágrimas
demais pra serem choradas
e no tempo é que fundiram
sua metálica geografia
Dentro do peito eu tenho
quarenta punhais apagados
tatuando de esperança
a pele das agonias
Eis que a hora de acendê-los
sabem os olhos guerrilheiros
abertos nos punhos fechados
Eis que a hora de acendê-los
revelarão os espelhos
do homem multiplicado.
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