Ver-me-ão morto no caixão a sorrir
E dirão, talvez, leve lhe foi a vida
Ou as flores que estão a lhe cobrir
Fazem-lhe cócegas na despedida?
Homenagens? Eu não quero ouvir
Nem canto, nem mesmo reza sentida
Cubram-me de cravos brancos e a seguir
Leiam meus poemas na hora da partida
E quando à terra fria eu descer
Muitos olhos marejados hão de ver
Meus versos espalhados pelo mundo
Saberão que fui apenas um poeta
Cuja vida sempre foi uma porta aberta
A
viver o sentimento mais profundo.
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