Tradução de André Nogueira
Musa-irmã, em
meus olhos fitou,
Tão claro é seu olhar, tão reluzente.
De mim tomou o anel de ouro,
A flor de um primeiro presente.
Tão claro é seu olhar, tão reluzente.
De mim tomou o anel de ouro,
A flor de um primeiro presente.
Musa! Vês,
meninas e esposas
E viúvas, todas elas são alegres…
Morrer de velha é melhor coisa,
Só tal peça não me pregues!
E viúvas, todas elas são alegres…
Morrer de velha é melhor coisa,
Só tal peça não me pregues!
Devo colher, já
adivinho,
A tenra flor da margarida
E enfrentar tudo sozinha,
A terrestre provação da minha vida.
A tenra flor da margarida
E enfrentar tudo sozinha,
A terrestre provação da minha vida.
Vejo da janela a
primavera:
Viver só — é meu destino, que assim seja.
Só não quero, só não quero, só não quero
É saber, que a outra beijam.
Viver só — é meu destino, que assim seja.
Só não quero, só não quero, só não quero
É saber, que a outra beijam.
Amanhã me vão zombar detrás do espelho:
“Não é claro teu olhar, nem reluzente…”
Eu direi: “A Musa-irmã veio colhê-lo,
O divino meu presente”.
“Não é claro teu olhar, nem reluzente…”
Eu direi: “A Musa-irmã veio colhê-lo,
O divino meu presente”.
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