sexta-feira, 16 de abril de 2021

BERÇO ESCURO DO TEMPO – Maria Gaiofatto

 

Estrela que a vejo tímida
se contrair no brilho,
respingos de luz no tempo-ninho,
do teu jeito de existir...
Lusco-fusco no escuro berço, se diluir.
Precisas de combustível que a mantenha,
hidrogênio seja hélio por fusão...
do que tenho.
Se contrai na gravidade
de ser, de iluminar...
Desistindo de si mesma,
nada detém seu colapso,
que no amasso carinhoso,
a absorva pro retorno.
Se retrai completamente,
buraco negro eminente
se perde do amanhecer...
Na retração a expansão
do novo universo por ser... Será?
Me vejo, me perco em você
no recuo da existência,
na comunhão do ser, se dar
morrer,
pro novo despertar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário