eu trago espinhos dentro de mim
rosa invertida e deformada
por fora a seiva corre contaminada
por dentro pétalas já se abrem murchas
raízes que se movem em direção de minha alma
no caminho apertam meu coração, esmagam-no!
não, não sinto o vento em minhas folhas escondidas
nem gozo da chuva que escorre nas entranhas expostas
tenho sede, tenho fome, mas tudo é claro e perfeito
sei que o sol está lá fora e a tudo ilumina
e eu existo, apesar de tudo que contemplo
e eu existo, apesar de oculto em silêncio
sei também que, um dia, algum pássaro ou larva
irá ferir meu caule torto
o que me encherá de ar e de luz
até ser, simplesmente, insuportável
rosa invertida e deformada
por fora a seiva corre contaminada
por dentro pétalas já se abrem murchas
raízes que se movem em direção de minha alma
no caminho apertam meu coração, esmagam-no!
não, não sinto o vento em minhas folhas escondidas
nem gozo da chuva que escorre nas entranhas expostas
tenho sede, tenho fome, mas tudo é claro e perfeito
sei que o sol está lá fora e a tudo ilumina
e eu existo, apesar de tudo que contemplo
e eu existo, apesar de oculto em silêncio
sei também que, um dia, algum pássaro ou larva
irá ferir meu caule torto
o que me encherá de ar e de luz
até ser, simplesmente, insuportável
Nenhum comentário:
Postar um comentário