Sepultadas no tempo
deitam-se as coisas todas,
que já nem coisas são,
mas memória de coisas.
deitam-se as coisas todas,
que já nem coisas são,
mas memória de coisas.
Sepultados no tempo
afundam-se os rostos
todos, ou quase todos,
e as datas, risos, gostos.
afundam-se os rostos
todos, ou quase todos,
e as datas, risos, gostos.
Sepultadas no tempo
jazem as nossas vidas,
num tempo em que não são
nem gozo nem ferida.
jazem as nossas vidas,
num tempo em que não são
nem gozo nem ferida.
Sepultados, enfim,
no tempo, todos nós.
no tempo, todos nós.
Onde não há nem feito,
nem pessoa, nem voz.
nem pessoa, nem voz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário