de distâncias traçadas entre sonhos
passos e pousos
redimensiono o interior do meu interior
e a brevidade entre pensamento e pensamento
não acompanha o vagar do corpo
entregue ao manejo da maré
nem o vagar da garrafa ondulando sobre os
dias
entre soluços de bêbado e pranto
encontraste a carta, mas não entendeste a
letra
e não há legendas, coordenadas, vozes,
mapas para minha memória
dói fundo a longitude de meus garranchos
perdidos no efémero de um idioma
ilegível entre latentes caligrafias,
alfabetos
e não vês no céu
a constelação com meu nome
não podes ler minhas mãos
e latejando minhas letras dizem
teu futuro, te dão leme
leem tuas digitais
no leme, no copo, na garrafa
só não traduz a lancinante latitude
do teu entendimento
envias
de volta um papel em branco
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