Tradução de Solon Borges dos Reis
Nunca sua mão se
pôs em minha mão
jamais gozei seu
cândido sorriso
e o murmúrio que
deve ser sua voz
nunca me amenizou
a mágoa oculta.
Quando a sorte a
põe em meu caminho
ela se esquiva
logo, casta e trêmula
e eu finjo não
vê-la em meu cuidado
para não lhe
causar constrangimento.
Mas quando já vou
longe em minha estrada
sinto voar atrás
de mim seus olhos
qual par de
abelhas cuja doce carga
vem, devagar,
deixar sobre meus ombros.
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