De noite velam os poetas
com olhos que brilham no escuro;
aptos para a contemplação
o pensamento voa
no sono mergulham
o sentimento do altiplano os agasalha
em sua cama de intuições
abutres do divino
aves dos desfiladeiros com o pescoço exposto
a ira de imagens em debandada:
com olhos que brilham no escuro;
aptos para a contemplação
o pensamento voa
no sono mergulham
o sentimento do altiplano os agasalha
em sua cama de intuições
abutres do divino
aves dos desfiladeiros com o pescoço exposto
a ira de imagens em debandada:
abandonem esta presa!
soltem estas mãos!
deixem que a noite pense por suas bocas!
soltem estas mãos!
deixem que a noite pense por suas bocas!
na
substância espessa do imóvel
sabem o que as coisas se dizem no escuro
ouvem os seres roçam com os seres
ouvem-nos saboreando a maçã
na ânima do mundo
na chapada terrível sem beiradas
os poetas vela
os poetas sonham
com os olhos abertos para o vazio
sabem o que as coisas se dizem no escuro
ouvem os seres roçam com os seres
ouvem-nos saboreando a maçã
na ânima do mundo
na chapada terrível sem beiradas
os poetas vela
os poetas sonham
com os olhos abertos para o vazio
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