Não sou só o que
sinto
Nem o que faço
ativo
Além de minhas
verdades
Sou o que também
minto.
Verdade é o que
vivo.
Para onde vou?
Vou para um lugar
encantado
Sem sofrimentos
sem baixarias
Vou para onde nem
sei onde fica
Espero que seja a
utopia
Tipo do lugar que
não terei consciência
Daquilo que me
fira, me pica.
De onde vim?
Vim daquele
território que não tem nome
Nem codinome nem
definição
Vim do éter, do
nada, do indefinível
Sou assim, por
isso, o sem nome,
Qualquer nome
possível, anátema ou admirável,
O impossível e o
viável
Se houvera na
origem um deus
No momento há eu.
Olhem meu corpo
Olhem meu corpo e
pensem:
Quantos espaços
alcançam meus braços?
Quantos metros
andam minhas pernas?
Talvez aí estejam
meus limites
Talvez aí estejam
minhas finitudes
Bem se falam de
altitudes e latitudes
Estes chegares da
ciência e do avanço,
Eu estou no lugar
que posso,
Eu estou no lugar
que alcanço.
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