Eu ando alheio, há
muito, ao que se passa
sob a miséria e os
torvelinhos da rua;
desconheço o clamor
da população
e a vaidade, que em
tudo tumultua.
Vivo do seu amor, da
sua graça,
e adoro, sob a névoa
que flutua,
através da cortina e
da vidraça,
a palidez romântica
da lua.
Em cada riso, em cada
olhar, em cada
anseio que de ti me
vem, querida,
sinto que cada vez és
mais amada.
E assim, longe do
mundo, refletida
tua alma na
minh'alma, és alvorada
cantando o poema
esplêndido da vida!
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