Entre a luz e a
escuridão
há um rasgo,
uma fissura,
por onde o tempo
espia.
De lá se contrai,
em dores, a ternura.
E já nascemos na
bruteza,
com um grito embargado
na garganta,
que, quando liberto,
revela ecos de outras
vidas,
palavras-trama. E
somos postos entre
o estro e a afasia.
Sempre em busca da
beleza,
a alma só na arte se
encontra,
aprende a plasmar a
terra e a si;
sua ferramenta, o
coração.
E, para validar a
existência,
transforma o caos em
esperança,
recria, pariu a si
mesma fora do tempo,
nas
asas da poesia.
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