Deixei de estar – sou
o ocaso abaixo
à terra alta, a lava
que não regurgitou o
cúmulo
a figueira maldita
que escondeu os
nados.
Sou portanto,
invisível, aprendi
o princípio da lenha
ardente -
apaguei na linha o
brilho da salamandra
consumi-me na
violenta secura do visco
na espuma pulmonar da
dor:
tive uma liga feita
de vermelho ouro -
respirei na
sofreguidão, rubesci-me -
mas poros de chamas
perfuraram-me,
cravaram orifícios
na combustão do forno
onde subiam
serpentes de fumo -
Uma estação não dei
fruto
nem talos, nem
rebentos, nem nervos
nem uma única flor
crua:
amaldiçoei
o desacerto do tempo
Com mel árido escudei
o âmago
e nunca mais vi a
minha amálgama
nunca mais senti a
ferida –
o
manto incandescente a subir o sol das costas
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