segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

FOLHAS – Derek Mahon

Tradução de Marcelo Tápia

Os prisioneiros da infinita escolha
Construíram suas casas
Num campo sob a mata
E estão em paz.

É outono, e as folhas mortas
Em seu caminho para o rio
Arranham como pássaros às janelas
Ou pulsam na estrada.

Algures há uma sobrevida
De folhas mortas,
Um estádio lotado de infinitos
Sussurros e suspiros.

Algures no horizonte
De extintos futuros
As vidas que podíamos ter levado
Encontraram seu próprio destino.

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