Tradução de Fernandes
Mendes Vianna
Não perca mais quem tanto tem perdido;
baste-te, amor, quanto hei por ti passado;
valha-me agora nunca haver provado
o defender-me do que tens querido.
Do teu templo as paredes hei vestido
de minhas roupas úmidas, e ornado,
como acontece a quem tem já escapado
liberto da tormenta em que há vivido.
Tinha jurado nunca mais meter-me,
por meu poder e meu consentimento,
em outro tal perigo, como vão.
Mas do que vem não poderei valer-me;
e não vou nisto contra o juramento:
nem este é igual, nem está em minha mão.
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