Onde o rio se oculta
dos algoritmos mais frios,
não é fábula, o seu riso,
nem as flores que o seduzem,
pendentes dos galhos arfantes.
Onde, por dar frutos aos peixes,
estas árvores ardilosas,
estas árvores ardilosas,
mantêm o rio cativo,
veem-se frisos de escamas
na superfície do rio.
Onde se mostra indiferente,
escondendo o seu sorriso,
o rio está mais vivo,
no Jogo destes equívocos.
Há um cheiro, próprio ao desejo,
um inclinar de outros galhos,
sussurros que são de amantes,
onde o rio se esconde,
voltando-se sobre as curvas
ondulações de seu leito.
Onde o olho avaro,
que o quer preso em barragens,
deixa escapar esse rio,
a vida é um brinquedo,
a vida é um brinquedo,
de correr atrás das árvores.
Onde o rio sobe as águas,
lança-se além dos barrancos
procurando fêmeas ocultas,
as que não viram e desejam
conhecer o rio amante.
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